sábado, 4 de julho de 2015

COMO SE FAZ PRA VIVER?!

Primeiramente, não tenho a mínima intenção de responder essa pergunta. Muito pelo contrário. Na verdade tenho a intenção de discorrer sobre o quanto a vida adulta tem me agoniado e me desorientado de tantas formas. Eu realmente não sei ser adulto. Crescer de verdade tem sido uma barra (de gostar de você didididiê…). A vontade de retornar ao quente e aconchegante útero de minha querida mãe tem sido mais constante do que eu gostaria que fosse. Talvez uma das principais lições desse momento da minha vida tenha sido “tudo tem um lado negativo, uma consequência”. Não que eu não tivesse entendido isso, mas acho que essa conclusão estava meio que desacordada no fundo da minha mente imatura; e agora estou tendo a oportunidade de viver isso na pele. As contas se acumulam. Internet, luz, celular, cartão de crédito, alimentação... O salário? Melhor não comentar. Quero comprar uma roupa, não posso. Peço para a mãe, ridículo. Quero comer num restaurante legal, passo o resto do mês contando moeda. Saio para comer, morro de culpa ao pagar a conta. Puxa o dinheiro daqui, estica dali. Tenta fazer a multiplicação de Jesus. Ih, ainda bem que sou bom em matemática. Quero mudar de vida, mercado de trabalho está horrível. Muito trabalho, pouco salário. Muita exigência, pouco profissionalismo. Medo de passar fome. Ok, não vou passar fome. Vergonha de pedir ajuda dos pais. Virei soldado, atiro para todos os lados. Pareço dar um tiro certeiro. Parece que o bandido da pobreza ainda está respirando. Será que ele vai morrer? Dou mais um tiro? Acabou a munição. Se ele não morrer, vou ter que me preparar para correr! Para onde? Perdi meu mapa, sou semi-sedentário. A roupa está apertando. Meu Deus! Ando nervoso, não paro de comer. Leite condensado vagabundo, achocolatado, margarina. Brigadeiro. Como a panela toda. Me sinto mal. Prometo que amanhã vou comer salada. Não deu tempo de fazer a salada. Sanduíche gordurento com cupom da promoção. A calça não quer fechar. Tem que caber, não tenho como comprar outra agora. Vou fazer dieta. Não tem tempo! Cadê o dinheiro! Vou comer. Comprar uma roupa. Quero chorar. Estou sem dinheiro. Caramba que dor. Vai no médico? Que horas? Falta na aula. Faz exame. Tô doente. Compra remédio. Remédio fez mal para o estômago, e agora? Vai no outro médico. Ih, agora não vai dar, tenho prova a semana toda. Depois eu vou. E assim vai a vida, uma coisa puxando a outra. Ansiedade todo dia. Medo de que tudo possa piorar. Esperança que possa melhorar. Tensão. Agonia de esperar. Ser humano é tão difícil. Ser adulto mais ainda. Cadê minha mãe para me salvar? Cadê meu pai para me abraçar? Mas eu me canso. A estabilidade é tão difícil de conquistar. Quem quer trabalhar para comer e pagar contas? Quem não quer poder curtir e aproveitar? Como equilibrar? Como se faz para viver? HEIM?!

domingo, 21 de setembro de 2014

Doeu, mas aprendi...

Aprendi a conferir o troco porque as pessoas podem ser desonestas.

Aprendi a olhar para os dois lados da rua porque do mesmo jeito que a vida é criada ela também é destruída, em um segundo.

Aprendi que amigos são a família que você escolheu, mas que nem sempre sabemos o que é o melhor para a gente.

Aprendi a aceitar as coisas que não posso mudar porque a vida é muito curta para debates eternos.

Aprendi a não contestar a fé alheia porque todos precisamos acreditar em algo ou ficamos perdidos.

Aprendi que o meu Deus pode ser diferente do seu, mas no final ele é o mesmo.

Aprendi que o ódio é o amor machucado e que como toda ferida, se for tratada rapidamente pode ser curada.

Aprendi a pedir desculpa até pelos erros que não cometi, porque dá muito mais trabalho fazer careta do que sorrir.

Aprendi que é possível amar e se apaixonar por alguém e no final só restar amor, porque o amor como toda energia não pode ser destruída, apenas transformada e as vezes o amante se torna o amigo.

Aprendi que por mais que eu aprenda alguém sempre saberá mais do que eu.

Aprendi que a dor é sinônimo de experiência e experiência significa conhecimento.

Aprendi que a gente vê o mundo de acordo com as experiências que tivemos e que ninguém passa pelas mesmas experiências.

Aprendi que cada óculos é feito sob medida e que colocar os meus no outro não faz com que ele enxergue como eu vejo.

Aprendi que eu aprendi quase nada, então eu vou sofrendo e aprendendo para continuar vivendo.

dH

sábado, 31 de maio de 2014

Mãe, não sei a senhora, but i’m feeling 24.

Eu sonhei que era feliz... Ao acordar vi que o sonho tinha se tornado realidade. Você já teve a sensação de estar tão feliz que meio que humilha as pessoas que estão ao seu redor e não se sentem assim? Pois bem, prazer, eu estou vivendo isso. No meu texto anterior citei que tinha algumas pessoas que eu levaria pra vida toda e podia contar, eu reafirmo, vou levá-las no meu coração pra sempre, mas percebi que algumas delas não vão estar sempre a minha espera, que a distância tá fodendo tudo e que alguns deles mudaram e que o que se tornaram não é bem o que eu gosto em uma pessoa. Eu mudei, e acho que alguns deles também não gostam do que me tornei. A vida tem disso, e tudo tem seu preço (oi OUAT?). Pra conquistar o que conquistei eu tive que abdicar da presença e da amizade de alguns deles, claro que isso me deixa triste, mas tá feito. Aconteceu e não tem mais o que fazer. Saber que os momentos se tornaram lembranças, e que essas são lindas e me arrancam sorrisos a qualquer momento é maravilhoso. 

Enxergava um mundo perfeito, cheio de gente de bom coração e que me sorria... Comecei a usar óculos e pasmem: aquelas mesmas pessoas, muitas delas, são pessoas ruins que te abraçam e ao mesmo tempo te apunhalam. Bem, compartilhando das ideias da grande pensadora contemporânea Valexxxxxxxsca Popozuda: desejo a todas 'inimiga' vida longa, pra que elas 'veja' cada dia mais minha vitória e de camarote espero que fiquem de quatro, balancem o rabo e latam quando eu passar (sou indie funkeiro ostentação). Sabe, não adianta muito eu me alongar nessa parte da vida, é inevitável isso, esse tipo de gente tem em todo lugar, só sinto pena. Muita pena mesmo. 

Eu achei que meu casamento com a matemática estava perfeito, até assumir, finalmente, que sou bígamo e não vejo problema nisso: quero minha biologia de volta. Eu decidi que vou abandonar a segunda graduação-que-não-deve-ser-mais-ser-nomeada de vez (oi HP?)... Bem, lá vou eu pra minha graduação de Biologia. Acho que isso é meu grande arrependimento: não ter feito biologia paralelamente quando podia. Pra que perdi tempo com aquela-graduação-que-não-deve-ser-nomeada se ela nunca foi minha paixão?! Vocês devem seguir o que seu coração diz e não o que sua mente e seus pais dizem, por favor, façam esse favor a vocês mesmos. Se tem uma coisa que aprendi nessa vida de adulto foi isso.

Eu falava de mais, sorria demais, me doava demais, amava demais, sentia demais... Continuo assim. Se tem uma característica que amo em mim é isso. DÓI PRA CARALHO, MAS E DAÍ? PREFIRO SOFRER POR SER DO BEM E APROVEITAR O QUE CONQUISTO COM ISSO, DO QUE ABDICAR DAS COISAS BOAS DA VIDA EM DETRIMENTO A FELICIDADE DOS OUTROS. Ser objeto da mudança do mundo é tão incrível, posso ser o grão de areia no oceano, mas tô nem aí, eu sou assim e foda-se. É preciso amar as pessoas, mesmo as escrotas, como se não houvesse amanhã (oi Jesus e Renato Russo?)

Eu era "roqueiro" e tudo que não era "rock" (leia guitarras distorcidas, gritos e baterias furiosas) não era música boa (mesmo que o rock falasse da roda de um carro)... Bem, se tem uma coisa que eu aprendi foi que música é sentimento e que muitos sentimentos meus estavam até no forró e que a maior idiotice é julgar uma pessoa pelo seu gosto musical. Eu parei de fazer isso a muito tempo, mas eu dedico esse pedaço do texto a isso. Eu vou na saraiva comprar um disco de pagode ou sertanejo ou funk (tem disco de funk)?! Não! Não é o que eu ouviria como primeira opção da minha vida, mas vai que um dia eu acorde com uma vontade de receber um boquete? Pego a letra de MAMA e mando pra alguém. Vai que tem um dia que eu quero barabarabarabereberebere com alguém?! ~parei Não gente, o ponto é: meu paladar musical é muito bom, mas isso não me faz o pica das galáxias, o universo e tudo mais (oi professor de arte do Vilaça que roubou a frase de O GUIA DO MOCHILEIRO DAS GALAXIAS e não colocou referência na sua foto no insta?). Parem de ser idiotas. Ok?

Sempre fui chamado de nerd, mas agora tenho ódio que me chamem assim por causa dessa coisa hipster de que ser nerd é ler GOT, assistir TBBT, falar BAZINGA!, assistir filmes do Tarantino (ok, eu faço tudo isso, mas o ponto é... eu fazia isso antes de virar modinha - olha eu sendo hipster, caraleo, além de indie sou isso também? Mãe, olha eu acumulando minorias que sofrem rejeição...). Pois bem, eu gostava de ser chamado de nerd quando eu tirava 10,0 em todas as disciplinas e humilhava os outros por causa da minha inteligencia e as pessoas me chamavam disso pra tipo me ofender, sendo que estavam me elogiando (sim, eu já fui uma pessoa desse tipo). Hoje em dia nerd nem apanha mais. Ele usa um óculos colorido, poe uma toalha na cabeça tira uma foto e coloca nas redes sociais no dia 25/05 com uma frase da Khaleesi. ~pfvr né? Quantos de vocês que fazem isso sabem calcular o limite de uma função racional que tende ao infinito negativo? Fica o questionamento filosófico. :p

Eu tinha 23 anos no meu último texto e esse eu era diferente do eu que tem 24 anos e 3 dias hoje (ui, 24...). Que coisa que esse pessoal tem com essa idade? Pelo amor... Quantas piadinhas eu já ouvi por estar fazendo 24 anos? Cresce povo, pensei que o que fazia a pessoa ser gay era ela dar o toba dela, não ter uma idade que no jogo do bicho representa o veado (Question: o veado, o animal, ele dá o cu dele? Por que essa referencia entre o animal e o homossexual? Fica mais esse pensamento filosófico nesse blog - blog: coisa de velho, pq os novinhos agora tem tumblr e snapchat, o que odeio... Um indicio de que eu estou ficando velho, ou que pelo menos tenho neurônios suficiente pra não achar graça alguma em idiotices). 

Poisé, vinte e quatro anos de Dheimison Airton Gomes de Sá, ah, se você ainda não aprendeu a falar meu nome, fica a dica é Dieimison, como se estivesse falando JAMESON em inglês. Não tenho culpa do meu pai não saber escrever esse nome quando foi me registrar. 

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Mãe, nem sabe, também sou HOBBIT.

Aos 11, 12 e 13 anos (quando os filmes foram lançados) eu pouco estava me fodendo pra O Senhor dos Anéis e aqueles filmes grandões, eu queria mesmo era terror, sangue e a putaria de American Pie. Meu amor por OSDA só veio quando por brincadeira eu peguei o livro de um amigo e comecei a ler, aos 16 anos. Eu precisava daquele filme. Eu precisava saber se o filme era a representação daquilo tudo que eu imaginei ao ler. Pelamor... Que coisa linda. Lembro de assistir todos eles em um dia. De ficar querendo mais. Ahh... Que filme! Que estória! Que Frodo! Que Sam! Que Pippin! Que Merry! Ahhh...

Eu tinha os DVD's duplos e tals, mas aí lançaram uma "Edição Estendida" com milhões de extras, mais minutos de filme, essas coisas. Comprei o box e que coisa linda. Novamente sentei pra assistir tudo e amei ainda mais. Tudo nessa estória me emociona, anima e orgulha. Sábado agora eu parei pra rever toda a trilogia e cheguei a uma conclusão: eu sou um pouquinho HOBBIT com meus amigos.
Eu poderia ficar aqui falando sobre todo o filme e exaltar como ele é maravilhoso, mas resolvi falar o quanto do DH se encontra nesses pequenos quatro seres incríveis. 

Eu sendo Pippin.




Por muitas vezes eu sou aquele atrapalho em pessoa quando quero ajudar meus amigos, que o diga a Kenny, nesse ponto eu sou meio Pip. Cara, é sempre assim: eu tô ali empolgado dando meu máximo, e algumas vezes (na grande maioria) eu vou ajudar, mas eu vou cometer uns equívocos ali pelo meio do caminho. Porém, no fim eu sempre tiro boas risadas dos meus amigos com esses erros. É bom rir de si mesmo, dos seus erros, muito melhor que acumular arrependimentos. Claro aprendendo sempre com eles.
Eu vou saber dar valor a quem se sacrificou por mim, no fim eu vou honrar esses que se doaram por mim. Eu vou oferecer meus serviços (ui!), vou estar alí para o que der e vier.

Eu sendo Merry.



Deixa eu te falar: eu sempre vou ser aquele braço direito na vida dos meus amigos, sempre vou ser o chato que vai ficar reclamando, reclamando e reclamando até a pessoa entender o que eu quero. Vou ser o tagarela, o reclamão... Mas, no fundo eu sempre vou estar ali do teu lado, mesmo que eu não saiba fazer porra nenhuma do que tu tá precisando, eu vou me dispor. Vou tentar. E com o tempo, ou até um pouco de sorte eu vou conseguir fazer o que você precisa. Diego, Vanesa e Gabriela sabem bem disso, eu sempre tô ali pro que der e vier.
Eu vou lutar por eles, vou combater aquilo que mais me dá medo sem necessitar de algo em troca. Terei a maior alegria em não levar o crédito, mas saber que fui essencial para que algum deles alcance alguma vitória. Terei sempre aquele espírito de "vamos nos divertir" depois de todo o trabalho duro que possamos ter.

Eu sendo Frodo.




O que eu queria mesmo do Frodo era os olhos, pq né? ~pfvr Porém, nele eu consigo enxergar muitas coisas que se escondem no meu peito. Eu tenho esse espirito corajoso e medroso ao mesmo tempo. Aquele passo apressado, aquela vontade de seguir a minha missão, mas ao mesmo tempo de terminar pra que assim eu possa voltar a ser aquela criatura comum. Eu não sei o quanto eu sou corajoso, mas eu sei que se eu não tiver ajuda eu vou fraquejar e meu lado medroso vai aflorar. E isso é o que mais tenho de parecido com ele: eu preciso e valorizo os meus amigos.
Eu costumo dizer que tenho só 11 amigos que posso contar, que se eu precisar vão estar ali pra mim, apesar de eu não ter pedido muito a ajuda deles. Tem esses quatro que já citei, mas tem o Pedro, o Ailton, o Gilvan e o Tarcio, que apesar de não interagirmos direto como deveríamos, sei que sempre estão alí por mim se eu precisar. Eu valorizo isso pra caralho, volta e meia consigo dizer o quanto amo essas criaturas. E o quanto é bom saber que tenho eles.

Eu sendo Sam. <3 comment-3--="">



Ah, o Sam... Vou falar um pouco do Sam que tem dentro de mim. Dos quatro o que mais possui o jeito DH de ser. Sério mesmo. A curiosidade o levou a grande aventura de sua vida. Ele não se considerava protagonista dessa estória, muito menos participante dela. Ele achava que era um mero peão naquele tabuleiro. Tem como definir o DH aqui melhor? Eu que muito me anulo pelos outros. Eu que me doo por completo aos amigos. Foi preciso muita gente me dizer o quanto sou importante pra que finalmente eu me desse conta disso.
Tipo, eu tenho um amigo, o Paulo que muito chegou a duvidar de si, dos seus princípios... Nesses momentos ele foi o meu Frodo no pântano dos mortos. O Ytalo por outro lado, muitas vezes me disse que se sentia sozinho, e várias vezes eu já disse pra ele que não importa onde ele for e o que fizer, eu vou estar lá pelo meu amigo/irmãozinho, sendo chato, ranzinza e o caralho, mas vou estar lá, assim como o Sam sempre esteve ali pelo Mr. Frodo. Aí tem o Cícero que já foi muito o meu Frodo no pé do vulcão. Quantas vezes ele já disse que tinha medo da derrota e de não ter forças pra seguir, que teve medo do que poderia acontecer?! Eu já cheguei a dizer, mas vou falar de novo, "eu posso até não poder carregar (seus medos, erros, inseguranças...) por você, mas eu posso te carregar". Eu vou estar lá por ti mano. Sempre. 

E tudo isso se resume em eu sendo DH.

Viu como eu sou um Hobbit? 

sábado, 18 de janeiro de 2014

DH e a Puta das Putas

Esse é meu relacionamento com a vadia das vadias: Alanis Morissette. Aí os mais novos, como se eu fosse um velho caquético, vão perguntar: quem??! E lógico que vou contar a história dessa LINDA, mas claro, na versão "Dh's Life".Conheci Alanis meio que tardiamente, já que quando ela surgiu por meados de 1995 eu apenas tinha meus 5 anos, e não partilhava das mesmas experiencias cantadas por ela em "Jagged Little Pill", mas foi com  "Supposed Former Infatuation Junkie" lá em 1998 que eu, mesmo com 8 anos me apaixonei por aquela garota cantando nua em vário lugares sobre gratidão, até aos momentos ruins. Acho que lembro até hoje da primeira vez que vi o clipe de "Thank U" na MTV. E claro que naquela época eu não sai correndo e baixei o CD dela na "net", muito menos sai pra comprar o disco na loja. Acho que nem sabia nome dela direito. E pra esse cara aqui, ela começou a existir a partir de "Thank U". Daí eu acompanhei a carreira dela pela MTV, os clipes que saiam eu sabia quase de cor as letras, mesmo não sabendo nada de inglês. As outras músicas que não viraram clipes eram como se não existissem. Confesso que fui esquecendo de Alanis com o tempo, até porque eu era fã dela apenas pelos vídeos, e a partir do momento que ela foi sumindo da telinha, ela foi sumindo da minha vida. =(Foi só em 2005 que ela novamente entrou na minha vida. E daí pra frente ela sambou na minha cara bonito. Eu com meus 15 anos(praticamente um debutante) com todos os hormônios em ação, eclodindo. Tantas paixões não iniciadas. Coisas que queria gritar. Ela vem e me lança "Crazy", uma versão do Seal, que venha e convenhamos eu nem conhecia, então pra mim a música era dela. A faixa fazia parte de uma compilação de hits e soundtracks o "The Collection". Comprei. Já trampava mesmo, e recebia pensão do pai, então gastava meu dinheirinho basicamente com música e filmes. Pirei total em todas músicas, encontrei lá, é claro, aquelas músicas que a muito estavam escondidas na minnha mente e como se fosse fácil lá estava eu cantando elas novamente com a mesma facilidade de antes. Aí sim foi uma caça as bruxa literalmente: comprar todos os discos e DVD's que ela lançou até ali. Confesso que ficava puto quando não encontrava, e por isso fui comprando os que via por aí. Até que consegui fechar minha coleção ano passado. Com um dos discos vindo direto from UK já que aqui no BRAZIL não se fabricaria mais. Foi como mágica sentar um dia diante toda a minha sala, no escuro, com o som no talo escutar um por um na sequencia de lançamento e perceber o quanto aquela mulher podia descrever a minha vida em suas músicas. Tipo, ok, aquele que acha que as músicas foram feitas pra ele. Saber que que eu poderia enviar a letra de "You Oughta Know" àquele primeiro amor que ligou o foda-se e me mandou pra longe sem se ligar nos meus sentimentos. Ou então escutar "Forgiven" e não lembrar de meus tempos de católico fervoroso. Ter seu primeiro termino de namoro exposto em "Your House" era coisa pra poucos. Tentar entender os muitos caminhos que a religião traça em cada ser em "Baba". Ver um pouco do seu relacionamento paterno ali em "The Couch". Fazer de "That I Would Be Good" seu mantra diário. Ser apresentado a uma das melhores bandas EVER diante a versão dela de "King of Pain" do "The Police". Ter representado em "No Pressure Over Cappuccino", especificamente na hora que ela "me compara" com Noé uma parte de sua vida. Ver que não é só você que tem grandes expectativas diante as pessoas em "Precious Illusions". Poder dizer que "Utopia" é sua música preferida de todos os tempos. Arranjo, letra, emoção, tudo isso numa música só??! Mostrar meu ponto de vista sobre toda a pressão que eu estava sentindo no final de minha facul em "So-Called Chaos". "Excuses" mostra muito bem o período de covardia que passei na transição do EM para o Superior (These excuses, how they served me so well.). Com o disco "Flavors of Entanglement" todo ela me ensinou como a maturidade reflete nos nossos problemas pessoais. E que cada fase reflete uma forma de encarar as soluções. Ás vezes pode ser gritando e machucando os outros como fizeram conosco (Jagged Little Pill) ou com o amadurecimento dos nossos sentimentos podemos apenas mostrar pra quem nos machucou e pra nós mesmos o quanto o tempo nos fez bem e nos transformou em alguém seguro e que pode reger sua vida amando-se em primeiro lugar (Flavors of Entanglement).Poderia ficar aqui mostrando como cada música dela tem um significado em minha pequena vida e como fará parte eternamente, mas eu ficaria cansado e também eu não quero escrever um livro sobre isso, só mostrar meu amor por essa puta linda. E mostrar aos demais como ela é talentosa e magnífica no que se propõe a fazer.


E bicho, depois de 18 anos, só no  mainstream, ela consegue arrastar multidões ao seus shows, encantar novas pessoas e ainda lançar um excelente álbum de inéditas, é um sinal que ela continua atual e que tá aí pra fazer nossos corações pirarem a cada novo riff ou sintetizador. Pra falar de amor, rancor, alegrias, angustias, paixões, términos, maternidade, casamento, fama, religião, e acima de tudo da VIDA. HABL é um disco coeso, apesar de que eu esperava muito mais dele, mas expectativas sempre matam um pouco com qualquer coisa, porém com o tempo ele se mostrou um disco bem bom. As letras continuam diretas e cheias de significados, mas claro a maternidade e o sentimento "mãe" aflorou demais, o que não é totalmente ruim, mas peca por ser cansativo quanto ao tema. Acho que não estávamos acostumados a ver essa Alanis feliz. Olha que horror... LOL. Se eu fosse indicar uma música, acho que indicaria a minha preferida do disco por mostrar um pouco da Alanis do passado mesclada com essa "nova" Alanis: "Edge Of Evolution". Vi essa música ao vivo e olha, pelo amor que paixão com que ela canta.

Acho que é por isso que Alanis escreve tão bem e descreve tão bem as histórias pessoais de milhões de pessoas: ela escreve sobre sentimentos comuns da vida. Coisas que podem acontecer a qualquer um. Com certeza você se identificará com alguma música. 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Oi mãe...

Pois é, eu preciso falar isso que não cabe mais no meu peito nem na minha cabeça. Na realidade esse manifesto vale para meu pai, padrasto, irmãos (são muitos, não vou aqui citar cada um) e a vaca da minha madrasta (sua linda, te odeio!). Eu preciso desabafar, sério mesmo. Isso é muito difícil, nunca pensei que precisaria recorrer à internet para isso, mas o mundo é muito preconceituoso com aquilo que não entende, com o que não conhece. É difícil pra qualquer familiar ouvir isso, mas mãe, eu sou INDIE.
Eu sei que a senhora não me criou pra isso, que a senhora tinha outros sonhos, a senhora queria andar pelas ruas de cabeça erguida e isso não vai deixar mais. "Como assim eu tenho um filho INDIE?" tenho certeza que a senhora tá pensando nisso. Eu não queria. É algo que nasceu comigo. A ciência já provou isso. Não adianta a senhora chamar o RR Soares nem o Padre pra orar na minha cabeça. Eu sou assim. Deus fez-me assim. Eu não vou mudar por ninguém.
Eu vou continuar escutando Lana Del Rey e proclamando pra todo o mundo que "minha xoxota tem gosto de pepsi", a sociedade vai ter que aceitar que eu e o The Killers "não queremos uma mera foto no nosso telefone, a gente quer nosso amor aqui do nosso lado", a senhora tem que entender que como disse o 30"2M "eu nasci do ventre de um homem venenoso", eu tenho que mostrar que "eu tenho o que ela quer", assim como o KOL. Não tenho que me preocupar com "o que os outros vão pensar, nem onde vou chegar" como diz o AGRIDOCE.
Mãe, eu só peço  pra que compreenda que eu não sou mais um desses popzinhos que tem milhões de curtidas no "feice", que faz tudo pra que todos sejam legais com eles, eu não vou pro "pegadas", nem pro "república real", eu não vou me socializar com esses vizinhos que escutam "Jorge&Mateus", eles não me entendem... Eu sei que sou uma minoria, eu vou sofrer minha vida toda por isso, mas eu vou ser forte, vou lutar. Sabe que eu acabei de ver que sou da minoria das minorias, eu sou um EMO INDIE GORDINHO PRETINHO. Nossa, eu acumulei QUATRO preconceitos. LOL!
Eu não quero que a senhora se preocupe sempre que eu sair pra curtir meu barzinho, eu prometo não deixar ninguém dar uma "lampadada" na minha cara, porém não posso fazer nada se tiver um idiota e ele quiser fazer isso comigo. Eu disse que não ia "deixar", não falei que isso não poderia acontecer. :p